quinta-feira, 13 de maio de 2010

Campanha anti-Sida às portas do “Mundial”



A África do Sul lançou uma ambiciosa campanha na luta contra a Sida, a pouco mais de um mês do Campeonato do Mundo de Futebol.

O presidente Jacob Zuma quis dar o exemplo e decidiu partilhar com o país que não é seropositivo.

O Chefe de Estado africano tem três esposas oficiais e, no passado, reconheceu ter tido relações desprotegidas com uma mulher, portadora da doença.

Durante uma conferência de imprensa, afirmou ter sido submetido a quatro testes, o ultimo em Abril e todos se revelaram negativos. O presidente aproveitou para encorajar os cidadãos a fazerem os testes.

Os activistas acusam o Governo sul-africano de inércia, perante uma epidemia que mata diariamente mil pessoas. Segundo o Conselho Nacional de combate à doença, pelo menos cinco milhões e 700 mil sul-africanos estão infectados. O país tem o maior número de seropositivos do mundo.

O recente programa pretende que 30 por cento da população se submeta a um exame para detectar o vírus de forma a reduzir para metade a taxa de novas infecções em 2011.

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Carina Oliveira e Laurinda Alves

Botswana com melhor desempenho no combate à sida no continente




Dakar - O Botswana é o único país africano a atingir o acesso universal à assistência contra a transmissão vertical (da mãe para a criança) do HIV/Sida, revelou segunda-feira o director executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre a Sida (ONUSIDA), Michel Sidibé.

De acordo com Sidibé, o Botswana e a Namíbia são os raros países africanos a atingir o acesso universal à assistência em matéria de transmissão do vírus da sida da mãe para a criança.

Falando à imprensa na capital senegalesa, Dakar, sobre os progressos feitos no acesso universal aos cuidados, Sidibé afirmou que, naqueles dois países, "já não há transmissão (do HIV/Sida) da mãe para a criança".

A transmissão da mãe para a criança pode ser eliminada até 2015 se os Governos se engajarem e aceitarem a mobilizar fundos no interior, mesmo dos países africanos e não das instituições internacionais, disse.

"É urgente que os países se mobilizem se querem realmente reduzir a transmissão da sida", disse, indicando não ser aceitável que, cada ano, "quatro mil crianças nascem em África com o HIV/Sida".
Carina Oliveira e Laurinda Alves

sábado, 1 de maio de 2010

O mundo distorcido do Hiv/SIDA

O meu nome é Nozamile Ndarah. Tenho 22 anos e quatro filhos.
No ano passado, decidi fazer o teste do VIH porque estava com dores nas contas, tinha diareia e dores de cabeça. Qouando me disseram o resultado era positivo, fiquei triste. Se eu morrer, pensei, quem vai tomar conta dos meus filhos? Telefonei ao meu marido, que trabalhava numa mina de ouro, para lhe dar a notícia.Ele comtou-me então que também tinha o vírus e que já estava a ser tratado com ARV(antirretrovirais) no hospital de nina.
Fiquei muito zangada com ele e perguntei-lhe porque tinha voltado para casa com uma doença tão grave quando eu tinha crianças pequenas para criar. Disse-me que tinha medo de me dizer que tinha a doença. Decidi levar os meus filhos a fazer o teste. O conselheiro tirou uam gota de sangue... esperámos 15 minutos. Terão vidas saudáveis. Há dois meses que estou a tomar os comprimidos ARv e o meu coração sente-se leve. Consigo tomar conta dos meus filhos, limpar a casa, cuidar das cabras, ir buscar água, cozinhar as refeições. Decidi dizer a toda a gente que tenho VIH.


Fonte(texto)National Geographic, SEtembro de 2005