quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Estudo elogia ações de Portugal contra mudança climática

Lisboa, 14 dez (Lusa) - A ministra portuguesa do Ambiente, Dulce Pássaro, manifestou nesta segunda-feira satisfação com um relatório independente que colocou Portugal na 12ª colocação de um total de 57 países com melhor desempenho em relação às mudanças climáticas.

Para ela, isso traduz "o esforço feito desde 2005" na redução das emissões de carbono. Segundo um estudo realizado por ONGs e apresentado nesta segunda na Conferência do Clima, da ONU, que acontece em Copenhague, Portugal é o 12º país com melhor desempenho no combate às mudanças climáticas, subindo três posições na lista das 57 nações mais industrializadas.

Antes o país ocupava a 15ª colocação, e agora subiu três degraus na lista mundial, a melhor posição portuguesa desde que o índice foi publicado.

"Ficamos satisfeitos quando ONGs, que são organismos isentos, fazem avaliações e dão ao nosso país uma melhoria de desempenho e uma melhora de três posições em relação ao ano anterior", afirmou a ministra, que acrescentou que isso corresponde ao "esforço significativo" que vem sendo feito desde 2005 para cortar emissões de dióxido de carbono.

Para Dulce Pássaro, este resultado consiste em uma avaliação do passado recente, mas, ao mesmo tempo, "perspectiva um futuro melhor", especificamente com a construção de prédios adaptados à nova legislação que já prevê a eficiência energética.

A partir de agora, qualquer licenciamento de construção tem obrigatoriamente de ter um plano de eficiência energética.

Aposta em energias alternativas

Entre as medidas futuras para uma "redução drástica" das emissões de carbono estão os novos modelos de mobilidade, como o carro elétrico, o projeto de barragens, e a continuação da aposta em energias renováveis, como a solar, a fotovoltaica e a eólica.

Dulce Pássaro considera que Portugal está no caminho certo e que o esforço feito nos últimos anos no sentido de inverter a tendência que levou, em 2005, a uma situação de emissões "muito preocupante" tem sido reconhecido no espaço da União Europeia.

"Mesmo que em 2012 as emissões fiquem 5% acima da meta de Quioto, como indicam as estimativas, este é um valor residual, se comparado com os 21 pontos percentuais que tínhamos em 2005 acima da meta [o que correspondia a mais de 40% de aumento de emissões em comparação com 1990].

A meta nacional é de 27% acima das emissões de 1990, em 2012.

O estudo apresentado nesta segunda em Copenhague foi feito pela GermanWatch, uma ONG voltada ao meio ambiente, e pela Rede Europeia de Ação Climática (à qual pertence a portuguesa Quercus).

Para avaliar o desempenho de cada país foram consideradas as medidas tomadas para garantir, em escala global, um aumento da temperatura inferior a dois graus Celsius.

Patrícia - 16 Dezembro
Fonte:http://www.agencialusa.com.br/index.php?iden=28988